As narrativas impulsionadoras de significados

  • Eliana Aparecida Francisco
Palavras-chave: narrativa, memória, fazer coletivo

Resumo

O presente artigo visa compartilhar algumas reflexões da pesquisa de doutorado, “As narrativas populares na construção da cartografia do Jd. Irene, zona sul de São Paulo.” Em busca de narrativas que nos apresentassem uma forma de ser de um lugar, chamado Jardim Irene, localizado na periferia da zona sul de São Paulo, encontramos significados de um fazer coletivo, materializado em palavras, que descortinou aos nossos olhos a trajetória de construção de um bairro e de um lócus que, a partir de uma territorialidade pautada na convivência e na afetividade, impulsionou vivências que, ao logo do tempo, ganharam um caráter de pertencimento e identidade.

Biografia do Autor

Eliana Aparecida Francisco

Assistente Social. Doutora em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Referências

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho?: ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 5. ed. São Paulo: Cortez; Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 1998.
BAUMAN, Zygmunt. Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Tradução, Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
BOFF, Leonardo. Quarenta anos da teologia da libertação. Disponível em: https://leonardoboff.wordpress.com/2011/08/09/quarenta-anos-da-teologia-da-libertacao/. Acesso em: 30 maio 2019.
BOURDIEU, Pierre. A identidade e a representação. Elementos para uma reflexão crítica sobre a ideia de região. In: O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989.
BOURDIEU, Pierre. A miséria do mundo. Petrópolis: Vozes, 2007.
BRIGGS Asa. The sense of place. In: The collected essays of asa briggs. Great Britain, The Harverster Press, 1985.
CERTEAU, Michel de; GIARD, Luce; MAYOL, Pierre. A invenção do cotidiano: 2. morar, cozinhar. Tradução de Ephraim F. Alves e Lúcia Endlich Orth. 11. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
CROWE, Jaime; MARIA, Léa, SIMÕES, Celina; TAVANTI, Roberth. Fórum em Defesa da Vida: 20 anos de resistência pela vida dos/as jovens que vivem nas periferias da zona sul de São Paulo. Estação de Pesquisa Urbana M’Boi – série documentos de trabalho, CEAPG/FGV, 2016.
DI MÉO, Guy. Les teritoires du quotidien. Paris: L’Harmattan, 1996.
DI MÉO, Guy. Géographie sociale et territoires. Paris: Natha, 1998.
ENNE, Ana Lúcia: NERCOLINI, Marildo J. Narrativas de memória e territórios inventados: a configuração das identidades e dos lugares como processos culturais. Revista Mídia e Cotidiano, n. 8, Rio de Janeiro, 2016.
HAESBAERT; LIMONAD. O território em tempos de globalização. Revista Etc. n. 2 (4), v. 1, ago. 2007.
HAESBAERT, Rogério. Dos múltiplos territórios a multiterritorialidade. Porto Alegre: s. ed., 2004. Disponível em: www.uff.br/observatoriojovem/sites/default/files/ documentos/CONFERENCE_Rogerio_HAESBAERT.pdf. Acesso em: 2 mar. 2019.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
HALL, Stuart. A centralidade da cultura. Revista & Realidade, p. 15-46, jul./dez. 1997.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Elaborado no Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. 2. ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004.
IGLESIAS, Gabriela et al. Zona sul de São Paulo a partir da história da União Popular de Mulheres. In: Redes periféricas: juventude, mulheres e arranjos culturais. Org.: União Popular de Mulheres do Campo Limpo e Adjacências (UPM), Gabriela Iglesias e Rafael Mesquita. Editor: Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da USP (ITCP-USP). São Paulo, 2016, p. 15-70.
KARSZ, Saül. Problematizar el Trabajo social (2004). Definicion, figuras, clínica. Gedisa Editorial, Barcelona (Espanha). Tradução: Irene Agoff e Saül Karsz. Título original: Pourquoi le travail social? Définition, figures, clinique. Dunod, Paris, 2007.
MARTINELLI, Maria Lúcia. História oral: exercício democrático da palavra. São Paulo: PUC-SP, 2014.MELUCCI, Aberto. Um objeto para os movimentos sociais. Lua Nova, Revista de Cultura e Política, São Paulo, Centro de Estudos de Cultura Contemporânea, n. 17, 1989.
MONTEIRO, Paula. Identidade e fluidez na sociedade moderna. Folha de S. Paulo, 3 jul. 1994.
PASSETTI, Edson; FREIRE, Paulo. O método dialógico. In: Conversação libertária com Paulo Freire. São Paulo: Imaginário, jan. 1, 1998.
PERANI, Cláudio. Comunidades eclesiais de base e movimento popular. Cadernos do CEAS: Revista crítica de humanidades. Salvador, jan./jun. 2009, n. 233, p. 61-73.
POLLACK, Michel. Memória e identidade social. In; Estudos Históricos, 5 (10). Rio de Janeiro, 1992.
PUDENZI, Ana Gabriela Moreira. Protagonismo feminino e consciência política: uma análise do papel da economia solidária na ação política da União Popular de Mulheres de Campo Limpo e Adjacências. Dissertação, 2015. (Mestrado em Ciências)- Programa de pós-graduação em Mudança Social e Participação Política, Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa. Campinas: Papirus, 1994.
RODRIGUES, Maria Lúcia. Ações e interlocuções: estudo sobre a prática profissional do assistente social, 2. ed. corr., São Paulo, Série Núcleos de Pesquisa, Veras Editora, 2003.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice. São Paulo, Cortez, 1997.
SANTOS, Milton. Da totalidade ao lugar. 1. ed., 3. reimpr. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014. 176 p.; 21 cm. Coleção Milton Santos; 7.
SANTOS, Milton. Território e sociedade: entrevista com Milton Santos. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
SENNET, Richard. O declínio do homem público. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. (org.). Identidade e diferença. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 73-102.
VAZQUEZ, A. S. Filosofia da práxis. Trad. Luiz Fernando Cardoso, 2. ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra, 454 p., 1977.
VELHO, Gilberto. Projeto e metamorfose: antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro.
Site consultado:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/MAPA_SUL1a.png.
Publicado
2021-03-22